Apesar de parecerem antagônicos num primeiro momento, você já pensou o quanto as tecnologias digitais podem impactar o meio-ambiente? Pois é, seja pela necessidade de usar recursos minerais para produzir componentes e hardware, por exemplo, ou pela capacidade de reduzir perdas e desperdícios por meio de modelos matemáticos, a tecnologia e a inovação podem fazer a diferença para o meio-ambiente.
Prova disso é que em junho de 2022 a Coalizão para a Sustentabilidade Ambiental Digital (CODES) lançou um plano de ação com o objetivo de orientar a digitalização e assim acelerar um desenvolvimento ambiental e socialmente sustentável da economia. Desde março de 2021 a CODES tem trabalhado para ajudar a orientar e priorizar a aplicação de tecnologias digitais para atender a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e enfrentar a tríplice crise planetária de mudanças climáticas, perda de biodiversidade e aumento da poluição. Ou seja, é a tecnologia entrando de vez e com muita potência na Economia Verde.
Mas afinal, o que é economia verde?
As definições são muitas e abordadas por perspectivas variadas, mas para darmos conta de avançar vamos ficar com o que a ONU diz. Para ela, Economia Verde é aquela que “resulta em melhoria do bem-estar humano e equidade social, ao mesmo tempo em que reduz significativamente os riscos ambientais e a escassez ecológica”.
E o que isso quer dizer?
Bem, quer dizer que uma série de nações e lideranças mundiais têm discutido e incentivado governos comprometidos com o tema a implantar normas e legislações, condutas e acordos que estimulem a sociedade a adotar comportamentos menos predatórios, que incentive o desenvolvimento de empreendimentos e cadeias produtivas mais consciente dos impactos socio-ambientais, e que busquem soluções e tecnologias cuja sustentabilidade seja uma premissa, consolidando, assim, as bases para um modelo de desenvolvimento econômico que considere a finitude dos recursos naturais e as implicações futuras da exploração inconsequente.
E como isso acontece na prática?
Muita gente ao redor do mundo já vem adotando práticas que estão dentro de uma filosofia de economia verde, desde a opção por consumo de produtos orgânicos até a decisão de comprar em empresas que demonstram e certificam seu comprometimento com o cuidado com o meio ambiente.
Além disso, os governos em todas as suas esferas vêm desenvolvendo programas que promovem a cultura da sustentabilidade e, por consequência, acabam incentivando uma agenda da Economia Verde. Para ficar num exemplo de casa, Belo Horizonte, Capital de Minas Gerais, promoveu o 1º Fórum Internacional de Economia e Gestão Verde. O evento que aconteceu em junho de 2022 teve o objetivo de levar ao público as principais discussões sobre o tema. E como todos os debates foram transmitidos pela internet, o assunto tem força para circular o mundo todo. Coisas que só a tecnologia faz por você. Esse evento veio se juntar a outros programas e ações que privilegiam uma gestão mais verde para BH. Dessa forma, em 2017, a capital foi eleita, “cidade referência em sustentabilidade e meio ambiente” pela “Urban Systems”
Por fim, amparado por governos e organismos internacionais a Economia Verde é um enorme leque de oportunidade que se abre para os empreendedores de primeira hora, para os empresários que buscam alinhar seus projetos com o futuro e para todo o ecossistema de inovação que vê descortinar um vasto campos de dores e incertezas que, certamente, precisarão de soluções socialmente responsáveis e ambientalmente limpas.
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