O penúltimo seminário da série Minas 2050 (2018) aconteceu na noite de 22 de novembro de 2018. O último seminário da série está marcado para o dia 29 de novembro (5a-feira) sobre os Cenários Energéticos em 2050 (desafios e oportunidades), com recepção às 18:30 e início às 19:00 na FUMSOFT (Av. Afonso Pena 4000).
A abertura foi realizada por Leonardo Guerra, Diretor da FUMSOFT, que falou sobre a FUMSOFT, a CEMIG e realizou uma breve explanação sobre os quatro seminários já realizados na série.
A seguir, foram realizadas as apresentações de José Luiz Pereira Brittes, Professor da Faculdade de Ciências Aplicadas da UNICAMP, Alexandre Heringer Lisboa, Diretor Presidente da Efficientia, e de Patrícia Romeiro Jota, Professora do Departamento de Engenharia Elétrica do CEFET-MG.
José Luiz Pereira Brittes iniciou falando sobre o papel da energia em cada um dos pilares do desenvolvimento: infraestrutura, sustentabilidade social, segurança pública, educação, solidez fiscal, máquina pública, capital humano, sustentabilidade ambiental, potencial de mercado, inovação. Seguiu explicando as relações entre energia e a Indústria de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) ressaltando que, progressivamente, o crescimento da economia vem se tornando baseado mais em serviços do que em bens. Falou então sobre a “smartização” de toda a cadeia de geração, transmissão e distribuição
de energia e sobre a importância de uma maior consciência com respeito à racionalização e Eficiência Energética. Ao final, explicou que a melhor energia é aquela que não precisa ser gerada, seguida pela energia economizada e que ambas só podem existir caso existam cidadãos sustentáveis.
Alexandre Heringer Lisboa explicou a importância e o caráter inovador da Efficientia, cujas atividades de cogeração, geração distribuída, centrais de utilidades, conexão, iluminação e climatização, são responsáveis por evitar a emissão de 33 mil toneladas de CO2 até o momento. Falou então sobre várias tecnologias emergentes: digitalização, interatividade, autonomia do cliente, inovação tecnológica disruptiva e sustentabilidade. Seguiu adiante discorrendo sobre energia solar, eólica e outras soluções energéticas; eletropostos e veículos elétricos; e a importância das tecnologias de armazenamento de energia. Reafirmou que reduzir a demanda é, pelo menos, tão importante quanto aumentar a oferta de energia e explicou o conceito de exergia. Lembrou também que não existe geração de energia e sim conversão de energia. Concluiu explicando que, no futuro, os clientes ficarão menos dependentes das grandes empresas de fornecimento de energia, podendo buscá-la em pequenos fornecedores ou mesmo gerar a própria energia.
Patrícia Romeiro Jota encerrou o seminário falando sobre eficiência energética em 2050. Iniciou buscando traçar um caminho plausível de hoje até 2050. Explicou que eficiência energética significa fazer mais com menos, o que não tem relação com energia renovável. Falou então sobre os pilares que sustentam a eficiência energética: tecnologia, gestão e educação. Em seguida, forneceu dados numéricos sobre o futuro, como o crescimento da área edificada atual de 144 milhões para 269 milhões de metros quadrados em 2050. Elogiou então ações no Japão, que buscam migrar de fontes de energia fóssil para fontes limpas de eletricidade, e nos Estados Unidos, que pretendem reduzir o consumo de
energia em 40% ou 60% em 2050. Concluiu discorrendo sobre a importância de se monitorar o processo de consumo de energia para que se possa controlá-lo, ressaltando que não se pode administrar aquilo que não se pode medir.
Os seminários foram encerrados com perguntas da plateia aos palestrantes, seguida de uma conversa informal em paralelo com uma degustação de cerveja e de sanduíches artesanais.
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