Quando os empreendedores fundam as bases do futuro

Nos negócios, o ambiente de incerteza é um mar de oportunidades. Mas navegar nessas águas revoltas exige organização e senso de coletividade. 

A década de 1990 foi um período de intensas mudanças mundo afora. Fim da Guerra Fria, consolidação da globalização e, por consequência, a formação dos blocos econômicos como União Européia, Nafta  e o Mercosul.

Neste contexto, a internet deixou a área militar, ganhou as universidades e, em seguida, numa velocidade de “incríveis” 56,6 kbps, começou a conectar o cotidiano. Por sua vez, o computador, que ainda não era sinônimo de internet, entrou na casa das pessoas e foi tomando conta, primeiro, do escritório, depois da sala, por fim, tirou as crianças dos quintais, transformando o quarto no novo domínio da diversão, agora numa linguagem algorítmica.

Foi em meio a essa transformação do mundo e dos costumes, exatamente em julho de 1992, que nasceu a Fumsoft. Atentos aos rumos que a sociedade ia tomando, um grupo de empresários visionários percebeu a necessidade de se organizarem para dar ao setor da Tecnologia da Informação e Comunicação as diretrizes para um mercado que começava a se desenhar promissor naquele momento.

Foi assim, observando aquele caos de transformações, criando alianças inéditas, buscando informações pulverizadas entre o outro lado do Atlântico e acima do equador, mobilizando lideranças e atraindo investidores que os primeiros capítulos da inovação em Minas Gerais começaram a ser escritos.  Um esforço encampado não apenas pela Fumsoft, mas junta e concomitantemente a outras iniciativas da sociedade que sabiam da importância de se organizarem para criar um farol para orientar aqueles que se lançavam à tormenta das transformações digitais.

Passados 30 anos, além do farol que guiou os pioneiros do mercado digital, construímos um porto. É nele que atracamos ideias, desembarcamos projetos, trocamos experiências e negociamos soluções. Esse ambiente seguro, bem desenhado, com atores definidos, com regras claras, regido por compliance, orientado às boas-práticas, com segurança jurídica, o batizamos de Ecossistema de Inovação e Empreendedorismo Tecnológico. 

E o ciclo se completa

Hoje, a gente bem sabe, os computadores venceram a barreira do espaço físico e estão nas nuvens, quase onipresentes. Os dados trafegam pelo ar em velocidades e volume cada vez maiores. Os nossos dispositivos de bolso são a interface com o mundo virtual, (ou metaverso, como já está sendo chamado) um ambiente criado pela humanidade no qual os limites são apenas nossa imaginação e a capacidade de desenvolver novas tecnologias.  

Esse é um novo mundo a ser desbravado (talvez semelhante àquele novo mundo descoberto pelos europeus entre o final do século XV e início do XVI). Nele, as interações mediadas por canais digitais deixaram de ser atividades exclusivas dos ambientes de trabalho e ganharam as ruas, bares, clubes e onde mais o sinal do wifi estiver à disposição. Nele também os relacionamentos começam e terminam sem nem precisar de contato físico, negócios são fechados e comemorados com emojis de brindes, aperto de mãos e carinhas felizes. 

Nesse mundo da inovação e da tecnologia digital, estão surgindo novos negócios, novas profissões, novas necessidades e novas dores. Mercados consolidados como os da música, da televisão e cinema, por exemplo, estão sendo completamente reformulados. Ali, o raciocínio analógicos e as relações físicas estão ganhando nova semântica e um verniz de clássico ou de tradição ( no bom português, virou coisa de colecionador. )

Por fim, aquele porto seguro construído ao longo das últimas três décadas, com muita solidez, deixa de ser ponto de chegada e passa a ser ponto de partida, (ou de passagem, se preferirem). Mas, de fato, estamos presenciando o fim de um ciclo e início de outro, como foi em 1992.  E essa nova geração de empreendedores, que não viu o surgimento da internet nem o fim dos disquetes de 5”1/4, tem um novo horizonte a desbravar e muitos desafios ainda nebulosos, num ambiente com mais perguntas que respostas, no qual a única certeza é de que a Tecnologia da Informação é um dos pilares fundamentais e ferramenta transversal, indispensável para o desenvolvimento de qualquer setor da sociedade, em qualquer parte do mundo.

Nós, aqui na Fumsoft, agora com uma história exitosa de trinta anos, com uma série de conquistas para o setor, berço de centenas de startups que hoje integram nosso ecossistema, estamos prontos para, mais uma vez, lançarmo-nos à tormenta das transformações. Ir em busca dos pontos de apoio que possam, novamente, sustentar, um farol que irá nos orientar na construção das bases dessa nova economia  digital. 

Aliados a essa nova geração de pioneiros, que pensam numa lógica não-linear e que tem um domínio quase nativo das linguagens audiovisuais, buscamos complementar toda essa dinâmica das redes modernas aos conceitos sólidos que nos permitiram chegar até aqui. Essa é a nossa estratégia para entender quais caminhos a tecnologia e sua cultura disruptiva abrirão para essa sociedade de hoje. 

A partir do entendimento de que é fundamental essa aliança entre a experiência de quem, no passado, construiu esse presente, e a excitação de quem busca pelo futuro vamos transformando calma, porém, determinadamente  esse organismo vivo composto, por gente, máquina, inteligências naturais e artificiais, desejos, sonhos, ideais, derrotas, recomeços, desembaraços e vitórias que também costumamos a chamar de realidade. 

Vida longa à Fumsoft.


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