Uma discussão em torno do novo regulamento de Proteção de Dados (RGPD) ganhou força por impactar de imediato as empresas brasileiras e estrangeiras que possuem clientes e parceiros europeus. Para esclarecer mais detalhes sobre o assunto, o escritório de advocacia Chenut Oliveira Santiago realizou um evento, no dia 9 de março, no SEED.
A programação contou com palestras focadas no âmbito jurídico e técnico. Representando a Fumsoft, Carlos Barbieri, que é especialista na área de dados, ressaltou que as empresas brasileiras ainda se encontram “sonolentas” com relação ao problema da GDPR. Já na Europa, principalmente, e nos Estados Unidos os movimentos de preparação são evidentes. “Em eventos desta natureza, como aconteceu com o bug do milênio (virada de 1999 para 2000), não se deve adotar nem a histeria dos assustados nem a leniência dos que adoram se encostar na zona de conforto do – não é comigo”. Barbieri sugere que haja um ponto de equilíbrio: “o conhecimento do problema e o seu mapeamento no contexto das empresas devem ser obrigatoriamente realizados.”
Segundo ele, as empresas que, há anos, adotaram a abordagem de governança e gestão de dados se encontram a quilômetros de vantagens, pois já sabem os dados que possuem, os processos que os manipulam, os papéis responsáveis e as diversas fontes de dados. “O problema de GDPR nada mais é do que um subtipo dos problemas encontrados em governança de dados”, pontua.
O regulamento que entrará em vigor a partir de 25 de maio de 2018 aplica-se diretamente a qualquer empresa que colete dados de residentes da União Europeia (EU), que oferte seus bens ou serviços na UE – com ou sem pagamento – ou que simplesmente monitore o comportamento de residentes (criação de perfis-alvo, marketing direcionado, entre outros). Lembrando que faltam apenas 66 dias para o regulamento entrar em vigor.
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